30 outubro 2006
As eleições mostram absurdos...Há um ano atrás, 64% dos brasileiros iam as urnas votar pelo direito de portar armas, votar porque tinham medo. Um ano depois, quando velhinhas do Flamengo atiram em mendigos-assaltantes e são condecoradas por políticos e processadas pela justiça, os candidatos à presidência da república pouco falam sobre SEGURANÇA PÚBLICA, preferem acusar governos antecessores e tumultuar debates fazendo mil acusações e omitindo programas de melhorias que seriam necessários para a sociedade. Votar em Lula ou em Alckmin ou eleger Lula é não só estar sendo conivente com o circo de dois palhaços sem graça, mas também bater palma para a realidade. Como se estivéssemos realmente encantados com nossa situação atual, encantados com o circo eleitoral que se formou. Mas como todo circo, a gente entra, ri e se diverte, mas quando ele passa, acaba, a realidade volta a tona e não demonstra ter graça alguma. Passado o circo das eleições, quantas velhinhas vão balear e quantos mendigos-assaltantes ainda tem que ser baleados pra cúpula política ver que muita coisa ainda tem que mudar?
25 outubro 2006
O Inventor do Rádio... um Brasileiro!
Pouca gente sabe, mas o inventor do rádio foi um brasileiro. Realizador da primeira radiotransmissão da qual se tem notícia no mundo, o gaúcho Roberto Landell de Moura nasceu na cidade de Porto Alegre, aos 21 de Janeiro de 1861. Vinte e cinco anos mais tarde, viria a se tornar padre e mesclar o clérigo com experiências nas áreas da física e química. Em 1886, elevado ao status de sacerdote na Europa, Padre Landell regressou ao Brasil, em específico ao Rio de Janeiro, para iniciar seu trabalho religioso. Por volta de 1892, transferido para Campinas, Landell de Moura dedicou-se ao ministério sacerdotal e aos estudos científicos promovendo na cidade as primeiras experiências de radiodifusão do mundo.
Padre Landell foi revolucionário por levar sua voz a grandes distâncias sem a utilização de fios. No ano de 1893, muito antes da primeira experiência realizada por Guglielmo Marconi, o inventor “oficial” do rádio; Landell de Moura realizava em São Paulo, do alto da Avenida Paulista para o alto da Sant’Ana, as primeiras transmissões de telegrafia e telefonia sem fio, isso com aparelhos de sua própria invenção e numa distância aproximada de oito quilômetros. Revolucionário e inovador para época.
Assim como Santos Dumont, Padre Landell de Moura foi um revolucionário brasileiro, um visionário, estudioso e inventor que não teve e nem tem sua devida importância reconhecida no exterior, o Padre se difere de Dumont negativamente, pois nem no próprio Brasil as pessoas têm conhecimento de que ele inventara o rádio.
Essa história poderia ter sido diferente, pois em 1905, Landell de Moura pretendia doar patentes conseguidas por ele três anos antes em Nova Iorque, ao governo brasileiro. As patentes foram conseguidas por Landell nos Estados Unidos após apresentação e explicação de inventos revolucionários na área de radiodifusão e telegrafia sem fio. Ele solicitou ao Presidente Francisco de Paula Rodrigues Alves, dois navios da esquadra brasileira para demonstração pública de seus inventos, o evento aconteceria na Baía de Guanabara e faria o Brasil iniciar a história das transmissões por rádio no Mundo. Faria, se o presidente e seus assessores não tivessem negado seu pedido não compreendendo a importância do evento.
Padre Roberto Landell de Moura por seu pioneirismo nas telecomunicações é considerado o “Patrono dos Radioamadores Brasileiros”. O Padre era dessas pessoas que, além do seu lado místico, integrava em sua personalidade o gênio teórico e o lado prático para a construção de seus aparelhos. Um revolucionário, visionário, inventor, o verdadeiro criador do rádio, Padre Landell de Moura, um brasileiro.
Padre Landell foi revolucionário por levar sua voz a grandes distâncias sem a utilização de fios. No ano de 1893, muito antes da primeira experiência realizada por Guglielmo Marconi, o inventor “oficial” do rádio; Landell de Moura realizava em São Paulo, do alto da Avenida Paulista para o alto da Sant’Ana, as primeiras transmissões de telegrafia e telefonia sem fio, isso com aparelhos de sua própria invenção e numa distância aproximada de oito quilômetros. Revolucionário e inovador para época.
Assim como Santos Dumont, Padre Landell de Moura foi um revolucionário brasileiro, um visionário, estudioso e inventor que não teve e nem tem sua devida importância reconhecida no exterior, o Padre se difere de Dumont negativamente, pois nem no próprio Brasil as pessoas têm conhecimento de que ele inventara o rádio.
Essa história poderia ter sido diferente, pois em 1905, Landell de Moura pretendia doar patentes conseguidas por ele três anos antes em Nova Iorque, ao governo brasileiro. As patentes foram conseguidas por Landell nos Estados Unidos após apresentação e explicação de inventos revolucionários na área de radiodifusão e telegrafia sem fio. Ele solicitou ao Presidente Francisco de Paula Rodrigues Alves, dois navios da esquadra brasileira para demonstração pública de seus inventos, o evento aconteceria na Baía de Guanabara e faria o Brasil iniciar a história das transmissões por rádio no Mundo. Faria, se o presidente e seus assessores não tivessem negado seu pedido não compreendendo a importância do evento.
Padre Roberto Landell de Moura por seu pioneirismo nas telecomunicações é considerado o “Patrono dos Radioamadores Brasileiros”. O Padre era dessas pessoas que, além do seu lado místico, integrava em sua personalidade o gênio teórico e o lado prático para a construção de seus aparelhos. Um revolucionário, visionário, inventor, o verdadeiro criador do rádio, Padre Landell de Moura, um brasileiro.
22 outubro 2006
Falando (tentando falar) com Arthur Xexéo.
Nessa cidade tão grande, onde será que ele se "esconde"?
Falando (tentando falar) com Arthur Xexéo.
Comecei uma saga hoje, a de falar com o escritor de renome Arthur Xexéo, pra quem não sabe, ele, o Xexéo, escreve no jornal O Globo e diz ter apenas 17 leitores, uma mentira beeem grande. Muitas pessoas são admiradoras deste cronista que, sempre quando pode, mete o pau sem dó nem piedade no casal Garotinho. Resultado são processos e ações judiciais sem futuro.
Tendo uma idéia que considerei ótima, e, visando aproveita-la na próxima edição do Recital Carioca, estou desde hoje, 22 de Outubro tentando entrar em contato com o Arthur Xexéo. Viso fazer um bate-bola com ele sobre um Vinil, de 1988, que comprei em um sebo no bairro do Flamengo, no Rio e que continha um texto atualizadíssimo sobre Chico Buarque (a história completa você vê abaixo). Até agora o máximo que eu arrumei, vasculhando nos orkut’s, cadê’s e google’s da vida foi o e-mail do Xexéo. Será que ele lerá? Será que mesmo se ler, vai responder? Será que mesmo lendo e respondendo, ele vai aceitar o bate-bola/entrevista? Bem, isso a gente vai vendo durante a semana, caso ele me responda eu contarei a vocês, caso ele não me responda também, caso alguém seja primo, sobrimo, amigo ou o próprio Xexéo e esteja lendo meu blog, entre em contato comigo para eu melhor entrar em contato com ele!
Vamos ver no que isso dá.
Segue abaixo o e-mail que eu passei para Arthur Xexéo na data de 22 de Outubro de 2006, Rio de Janeiro.
Comecei uma saga hoje, a de falar com o escritor de renome Arthur Xexéo, pra quem não sabe, ele, o Xexéo, escreve no jornal O Globo e diz ter apenas 17 leitores, uma mentira beeem grande. Muitas pessoas são admiradoras deste cronista que, sempre quando pode, mete o pau sem dó nem piedade no casal Garotinho. Resultado são processos e ações judiciais sem futuro.
Tendo uma idéia que considerei ótima, e, visando aproveita-la na próxima edição do Recital Carioca, estou desde hoje, 22 de Outubro tentando entrar em contato com o Arthur Xexéo. Viso fazer um bate-bola com ele sobre um Vinil, de 1988, que comprei em um sebo no bairro do Flamengo, no Rio e que continha um texto atualizadíssimo sobre Chico Buarque (a história completa você vê abaixo). Até agora o máximo que eu arrumei, vasculhando nos orkut’s, cadê’s e google’s da vida foi o e-mail do Xexéo. Será que ele lerá? Será que mesmo se ler, vai responder? Será que mesmo lendo e respondendo, ele vai aceitar o bate-bola/entrevista? Bem, isso a gente vai vendo durante a semana, caso ele me responda eu contarei a vocês, caso ele não me responda também, caso alguém seja primo, sobrimo, amigo ou o próprio Xexéo e esteja lendo meu blog, entre em contato comigo para eu melhor entrar em contato com ele!
Vamos ver no que isso dá.
Segue abaixo o e-mail que eu passei para Arthur Xexéo na data de 22 de Outubro de 2006, Rio de Janeiro.
Caro Arthur Xexeo,
Mando-lhe este e-mail no meu nome e no nome de um projeto universitário chamado "Recital Carioca", juntamente com alguns amigos da faculdade de Jornalismo da FACHA (Fac. Helio Alonso), lançamos este mês um jornal mensal, independente, e que visa atingir ao público jovem, em especial o universitário. Visamos também acabar com o marasmo cultural que domina a sociedade atual, levar opiniões, contar um pouco da história de nossa cidade (Rio de Janeiro), mostrar música e poesia brasileiras, anunciar eventos culturais etc.
Nesse contexto, procurando temáticas para a segunda edição do jornal, eu mesmo, Marcelo Cosentino, entrando em um Sebo no Flamengo, encontrei um Vinil do Chico Buarque que recebia o "PRÊMIO SHELL PARA MÚSICA BRASILEIRA 1988", um ótimo achado e um ótimo Vinil que contém músicas imperdíveis como "Apesar de Você", "Meu Caro Amigo", "A Banda", "Cálice", entre outras.
Caro Xexéo, ao ler a contracapa do Vinil, me deparei com um texto espetacular escrito pelo senhor, lembrando que o Vinil e, provavelmente o texto, datam de 1988, ano em que o Chico voltava aos palcos. Surpreendi-me ao perceber que, fora as citações de que Chico tinha 22 anos de carreira na época, o texto continuava atualizadíssimo! Achei magnífico, revelador e tive a idéia de entrevistá-lo, se possível, ou então fazer um bate-bola por e-mail mesmo para que fosse publicada uma matéria na próxima edição do nosso projeto "Recital Carioca" onde entraria o seu texto antigo em contraposto com suas impressões atuais sobre Chico Buarque, o CD Carioca e sua volta aos palcos. Caberia também publicar uma entrevista com o senhor.
Aguardo respostas e espero que o senhor possa contribuir conosco.
Atenciosamente Marcelo Cosentino
(*) foto: "Vista da Pedra da Gávea" por Marcelo Cosentino
20 outubro 2006
Recital Carioca

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Na última quarta-feira, dia 18 de Outubro, foi lançado no Rio, no pátio da Faculdade Integrada Hélio Alonso (FACHA), o mais novo jornal universitário revolucionário, o jornal mensal Recital Carioca.
O Recital Carioca é um projeto universitário, desenvolvido por jovens do segundo período da FACHA, que visa enriquecer culturalmente a sociedade, acabar com o marasmo cultural que toma conta dos jovens de hoje em dia e levar conhecimentos, artes, crônicas, opiniões, poemas, poesias, divulgar exposições interessantes, apontar os grandes símbolos e personagens de nossa cidade etc. para o grande público.
O Recital Carioca foi lançado dia 18 na FACHA e está sendo distribuído gratuitamente nos principais centros culturais da cidade (Academia Brasileira de Letras, Centro Cultural Banco do Brasil etc.), na ABI (Associação Brasileira de Imprensa), nas principais faculdades (UFRJ, UNIRIO, PUC, FACHA etc.), em comércios, cinemas e em breve será disponibilizado virtualmente para ser apreciado por pessoas de todo o Mundo.
O Recital Carioca traz logo na capa de sua versão impressa uma matéria interessantíssima sobre o Cristo Redentor, a história, os mitos e tudo que envolveu a construção do mais famoso ponto turístico do Brasil e um marco da cidade do Rio de Janeiro. Outras matérias interessantes falam sobre a juventude carioca, o Rio em si seus presente e passado, Carlos Drummond de Andrade, Santos Dumont os 100 anos do avião, a realidade atual do futebol carioca, dá dicas de exposições, CD’s e livros interessantes e ainda conta com a participação especial de Fausto Wolff escrevendo sobre “A Dor de ser Brasileiro”. Fausto é colunista do Jornal do Brasil e escritor de vários livros, teve destaque na imprensa brasileira juntamente com Ziraldo, Millôr Fernandes, Sergio Cabral, Jaguar e Tarso Castro na época da ditadura militar.
O Recital Carioca 1º Edição já faz parte do acervo da Biblioteca Nacional, lugar onde também serão armazenadas todas as edições futuras e onde ficarão para a eternidade.
O Recital Carioca: Feito por quem sabe escrever, aquilo que você quer ler.
O Recital Carioca no Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=21097224
O Recital Carioca na internet: www.recitalcarioca.com (em breve será disponibilizado o Recital Carioca on-line, na íntegra)
17 outubro 2006
Capital X Interior
Capital e interior travam um “duelo” sem vencedores, enquanto o primeiro apresenta maiores opções de programas, o segundo tem um estilo de vida menos estressante, se a capital tem mais empregos e faculdades, o interior é superior em relações humanas.
Quando falamos de interior, entendam-se cidades com menos de cem mil habitantes, com um cinema só e, na melhor das possibilidades, um shopping e um boliche. Mas a falta de recursos e de atrativos não faz dos moradores pessoas infelizes ou inconformadas. O interior tem suas atividades únicas, tem seus detalhes insubstituíveis, morar em casa é um luxo nas cidades grandes, no interior é só o que há. Aquela rede na varanda, olhando o horizonte e vendo o sol se despedir é cena típica do interior. Com a correria dos grandes centros urbanos, as pessoas moram em prédios com mais 300 pessoas e mal sabem o nome dos vizinhos; interior é bom nesse aspecto também, todo mundo se conhece, de manhã todos dão bom-dia, seja pro vizinho conhecido, pro entregador de jornal ou pra alguém que passa na rua pela primeira vez. A proximidade que as pessoas acabam tendo é maior nas cidades pequenas devido à própria localização geográfica de cada um: atravessou a rua ta na casa do amigo de colégio/faculdade/trabalho. Fora que ainda existe nessas cidades uma relação humana entre as pessoas que as cidades grandes já substituíram por relações virtuais há tempos.
Além disso, é gostoso vivem em cidades tranqüilas e pacatas, criminalidade quase inexistente, ladrão de interior é ladrão de galinha, interior onde as crianças são fanáticas por computadores e internet SIM, mas elas têm ainda o costume de jogar bola na rua, soltar pipa e andar de bicicleta.
Capital, centro econômico e político de um Estado, onde se localiza a cede do governo, onde são tomadas as decisões mais importantes. Nesse contexto, os habitantes das capitais são geralmente pessoas mais antenadas com o mundo, lêem mais jornais e revistas têm mais acesso a informações. As cidades grandes oferecem mais oportunidades para sua população, faculdades inúmeras, opções de empregos bem maiores, teatros, cinemas, desfiles, shoppings, passeios de helicópteros, museus, lojas, restaurantes, bares e até mesmo jogos de futebol. No aspecto pessoas, a falta de relação humana que há nas cidades trazida pelo medo, faz com que as pessoas percam oportunidade de conhecerem pessoas variadas e com cabeças ótimas.
Na capital, as crianças são submetidas a um mundo tecnológico fascinante, são muito cobradas pelos professores e se mostram muito mais inteligentes do que nós éramos quando tínhamos suas idades, eles podem ter perdido a infância no quesito brincar de pique e soltar pipa, mas é possível que saibam lidar com o Internet Explorer melhor que nós.
É coisa de capital acordar no domingo, ir pra praia, almoçar num MC Donalds da vida e a noite comer num restaurante japonês. É um estilo de vida diferenciado, gostoso, com possibilidades e opções sempre presentes, onde o habitante da capital é sempre levado à escolha, diferentemente do interior, onde a possibilidade está no ir ou no não ir.
Nesse “combate” Capital x Interior, não há vencedor, pois as diferenças vão muito além das que eu citei e cada localidade acaba levando vantagem em um ponto. Em suma, capital tem mais agitos, mais boites, opções culturais, oportunidades de emprego e é antenada com o mundo. Interior tem um estilo de vinda mais tranqüilo, sem estresse, onde as pessoas convivem melhor uma com as outras e onde você deixa de ser o habitante do apartamento 406 e ganha um nome.
A vantagem de ter dois lugares com estilos de vida tão diferentes é a possibilidade de viver em um ou em outro dependendo do que preferirmos. O único vencedor é a população em si, que pode optar viver em um grande centro urbano ou em uma cidade pequena e pacata de acordo com o que melhor lhes agrada.
Quando falamos de interior, entendam-se cidades com menos de cem mil habitantes, com um cinema só e, na melhor das possibilidades, um shopping e um boliche. Mas a falta de recursos e de atrativos não faz dos moradores pessoas infelizes ou inconformadas. O interior tem suas atividades únicas, tem seus detalhes insubstituíveis, morar em casa é um luxo nas cidades grandes, no interior é só o que há. Aquela rede na varanda, olhando o horizonte e vendo o sol se despedir é cena típica do interior. Com a correria dos grandes centros urbanos, as pessoas moram em prédios com mais 300 pessoas e mal sabem o nome dos vizinhos; interior é bom nesse aspecto também, todo mundo se conhece, de manhã todos dão bom-dia, seja pro vizinho conhecido, pro entregador de jornal ou pra alguém que passa na rua pela primeira vez. A proximidade que as pessoas acabam tendo é maior nas cidades pequenas devido à própria localização geográfica de cada um: atravessou a rua ta na casa do amigo de colégio/faculdade/trabalho. Fora que ainda existe nessas cidades uma relação humana entre as pessoas que as cidades grandes já substituíram por relações virtuais há tempos.
Além disso, é gostoso vivem em cidades tranqüilas e pacatas, criminalidade quase inexistente, ladrão de interior é ladrão de galinha, interior onde as crianças são fanáticas por computadores e internet SIM, mas elas têm ainda o costume de jogar bola na rua, soltar pipa e andar de bicicleta.
Capital, centro econômico e político de um Estado, onde se localiza a cede do governo, onde são tomadas as decisões mais importantes. Nesse contexto, os habitantes das capitais são geralmente pessoas mais antenadas com o mundo, lêem mais jornais e revistas têm mais acesso a informações. As cidades grandes oferecem mais oportunidades para sua população, faculdades inúmeras, opções de empregos bem maiores, teatros, cinemas, desfiles, shoppings, passeios de helicópteros, museus, lojas, restaurantes, bares e até mesmo jogos de futebol. No aspecto pessoas, a falta de relação humana que há nas cidades trazida pelo medo, faz com que as pessoas percam oportunidade de conhecerem pessoas variadas e com cabeças ótimas.
Na capital, as crianças são submetidas a um mundo tecnológico fascinante, são muito cobradas pelos professores e se mostram muito mais inteligentes do que nós éramos quando tínhamos suas idades, eles podem ter perdido a infância no quesito brincar de pique e soltar pipa, mas é possível que saibam lidar com o Internet Explorer melhor que nós.
É coisa de capital acordar no domingo, ir pra praia, almoçar num MC Donalds da vida e a noite comer num restaurante japonês. É um estilo de vida diferenciado, gostoso, com possibilidades e opções sempre presentes, onde o habitante da capital é sempre levado à escolha, diferentemente do interior, onde a possibilidade está no ir ou no não ir.
Nesse “combate” Capital x Interior, não há vencedor, pois as diferenças vão muito além das que eu citei e cada localidade acaba levando vantagem em um ponto. Em suma, capital tem mais agitos, mais boites, opções culturais, oportunidades de emprego e é antenada com o mundo. Interior tem um estilo de vinda mais tranqüilo, sem estresse, onde as pessoas convivem melhor uma com as outras e onde você deixa de ser o habitante do apartamento 406 e ganha um nome.
A vantagem de ter dois lugares com estilos de vida tão diferentes é a possibilidade de viver em um ou em outro dependendo do que preferirmos. O único vencedor é a população em si, que pode optar viver em um grande centro urbano ou em uma cidade pequena e pacata de acordo com o que melhor lhes agrada.
Marcelo Cosentino morou 4 anos no interior e o resto da vida em capitais.
Foto: "Praça Barão de Campo Belo- Vassouras RJ" por Marcelo Cosentino
11 outubro 2006
Viva o feriado em família!

Ah! E finalmente chega o feriadão!
Depois daquela semana estressante no colégio, de estudos inacabáveis, provas, trabalhos, esporro do coordenador, esporro da diretora, esporro da mãe, esporro da namorada, esporro do cachorro, esporro do professor, esporro do porteiro, esporro do pipoqueiro, depois de tantos esporros, o calendário resolve dar uma trégua e coloca o feriado justamente em uma quinta-feira. Resultado: FERIADÃO.
Feriadão é aquela maravilha de sempre, é quando a sua família se junta e vai pra praia, todos torrando no sol e se empanando na areia esquecendo que, na semana seguinte, todos parecerão uma família de camarões mutantes agigantados tamanha a vermelhidão. Fora o problema pra dormir a noite, com toda a ardência provocada pelo sol a única posição agradável é em pé. O sabonete que parece uma pedra pomis de tanta areia grudada também é clássico, o último a tomar banho sempre tem que passar por esse problema.
Apesar de tudo são bons tempos... até mesmo a tia gorda já não é tão inconveniente como há tempos atrás, o mais chato dessa viagem é o tio sacana tentando te dar cuecão, mas tudo bem, tudo pela praia!
Primo e prima menores competindo pra ver quem acha mais lixo dentro do mar, a prima mais velha com medo das águas-vivas e flertando com o salva-vidas e você se descobre sem ter o que fazer, a não ser dar aqueeele mergulho. Se prepara, levanta, tira areia da bunda, corre em direção ao mar, desvia das 348 pessoas que estavam na sua frente, pula o menininho perdido que acabou de sair da água, leva uma bolada de frescobol na costela mas consegue, dá o maior pulo de todos, de deixar João do Pulo com inveja! Pena que o mar recuou e a água ficou na altura da canela, mas e daí o tombo, o rolamento e as dores? O pulo é o que importa, e apesar de tudo ele foi lindo! Nessa hora também, descobre-se que, apesar de a água estar lotada, com densidade maior que a de Manhatan, a temperatura dela é glacial! E você desiste do pulo e vai pra barraca onde a mãe já surge com o bloqueador solar pronta pra passar ou pra obrigar a passar pela vigésima vez nos últimos vinte minutos.
A noite a gangue de camarões mutantes resolve passear na cidade, metade dela ainda não tomou banho graças a falta de água típica de cidades litorâneas, mas vão todos felizes. Na cidade nada de novo, nada de velho, o mesmo de sempre. Os pais e os tios resolvem beber em um bar e você tem que, no auge dos seus 14 anos, tomar conta dos primos pequenos, claro que você vai encoleirá-los em uma lixeira próxima e vai curtir a cidade sozinho. Anda um quilômetro pra cima, acaba o centro da cidade, um pra baixo, idem, e você novamente percebe que não tem nada pra fazer. A prima mais velha dando uns beijos escondida atrás da peixaria, os primos encoleirados comendo lixo. E a noite torna-se um fracasso, mas no outro dia é dia de praia e o ânimo volta!
Acordando no dia seguinte, o tio mais desorientado resolve levar a família toda pra uma praia que ele diz ser “genial, linda, limpa e segura” que fica em uma cidade próxima que nem nome no mapa consta. Ótimo, entra a família toda nos carros e pé na estrada, passa uma, duas, três horas e todos se percebem surpreendentemente perdidos, é a melhor hora que o ar condicionado encontra pra pifar e deixar todo mundo em uma sauna seca. A situação é crítica. Tia gorda contando os problemas do trabalho e falando que tem problema de prisão de ventre, só de imaginar a cena sua vontade é pular pela janela, agrava a vontade quando primos pequenos começam a chorar e o tio sacana a coçar a micose que pegou no dia anterior, nisso o tio perdido tentando arrumar um culpado; até que, a tia mais cabeça de vento dá uma idéia. Se estabelecer na praia maia perto. Todos gostam.
Chegando à praia mais perto um pequeno problema, a praia Olho de Boi é nudista, um pequeno detalhe pro tio sacana que já sai correndo pelado na beira do mar; mas um grande empecilho pra todos, principalmente pra tia gorda que ainda não queimou o frango do natal e não quer exibir mais do seu corpo do que o que o sei maiô GG permita. Voltam pra casa.
Casa de praia é casa de praia, televisão e internet não fazem parte do clima, já jogos de tabuleiro sim, são a melhor opção pra unir toda a família de camarão em torno de uma mesa a noite. Jogo número 1: banco imobiliário, começa divertido, mas depois de cinco horas e meia de jogo fica insuportável. Jogo número 2: War, corria bem, até que o seu primo mais sem noção, retardado e lazarento taca os dados em cima do tabuleiro, o seu exército que dominava Vancouver pára em Vladvostock, Boreu que tinha uma proteção impenetrável fica vazia e o Congo que ninguém ligava fica cheio. Chega, não dá, o resultado é terminar a noite com o jogo número 3: Imagem e Ação, como casa de praia não tem muito papel e caneta, resolvem adaptar fazendo o jogo com mímica. O jogo termina quando a tia gorda tenta imitar “jurassic park”.
O terceiro dia sempre é o mais movimentado e divertido, é quando o tio desorientado bebe todas, pula no mar e tem que ser salvo pelo helicóptero da guarda costeira, é quando a tia gorda leva uma cantada na praia ou quando você coloca os primos pequenos em uma canoa alugada e deixa-os horas a deriva bem longe da areia. É quando o tio sacana é o mais sacaneado, que a pereba que era do tamanho de uma bola de pingue-pongue, de tanto ele coçar, já dominou metade do corpo dele criando um apelido que só será esquecido no próximo verão: homem pereba. A prima mais velha que beijou metade da cidade também tem coisas estranham na boca, você jura de pé junto que é sapinho, ela diz que foi o sol. É o último dia de praia, merece o melhor mergulho do século, dessa vez sem o mar recuar. E você se prepara, se alonga, aquece e finalmente corre, corre muito, desvia dos vendedores de picolé, empadinha, óculos de sol, CD’s pirata, desvia da carrocinha de tapioca, desvia das centenas de pessoas a sua frente, passa abaixado no jogo de frescobol, pula o castelo de areia dos primos pequenos, vê o mar perto, calcula pular na hora certa e lá vai... Sem dúvidas, o maior pulo que aquela praia já viu, perfeito, lindo, recebendo até aplausos, você só não contava com um pequeno problema... aquela sunga que a tia gorda insistiu tanto que você usasse, aquela roxa com detalhes amarelos que você disse que não dava em você, que tava larga, sabe? Pois é, sumiu. E você se depara com a pior das situações de praia, típicas do terceiro dia de feriado, você está a 400 metros da sua família, dentro da água lotada e... pelado! Grita o tio sacana, mas pensa melhor e desiste, grita os primos pequenos que não escutam, acena, acena, acena e nada. Duas horas depois, quando a mãe vai chamar pra passar protetor, você conta o problema e a solução é sempre a mesma, sair da água com a canga amarrada na cintura. Não existe situação pior para um adolescente de 14 anos. A mãe vai pegar a canga na barraca e, pela primeira vez nos três dias, você encontra conhecidos! Tratam-se das duas gêmeas mais fofoqueiras da sua sala, ótimo, nada podia ser pior. Tenta disfarçar daqui, dali, mas não dá. A mãe chega, entrega a canga em mãos e você sai da água como se estivesse em uma túnica árabe. As gêmeas riem até doer a barriga, parece que todo mundo da praia está olhando pra você que neste momento só não fica mais vermelho porque você já é o camarão mais vermelho da praia, insolação e câncer de pele são seus sobrenomes.
À noite, ninguém tem fôlego pra mais nada, todos dormem às 19 horas, não esquecendo de dar aquela bela sacaneada em você antes, claro. O tio sacana de 10 em 10 minutos aparece de canga na porta do seu quarto te fazendo lembrar dos momentos desesperadores na praia. Dorme.
No dia seguinte todos vão pra casa, o tio desorientado resolve pegar um atalho e se perde, o resto da família fica 7 horas no trânsito, compra biscoito de polvilho, canudinho, picolé, toma suco, coca, pinga a metro, compra presilha pro cinto, boné e broche, nisso o carro anda magníficos 2 metros. Desiste e resolve dormir, toma um Dramin que vai te deixar grogue o resto da semana, mas não liga.
Chega em casa, olha no espelho o camarão mutante que você se transformou, lembra do feriadão na praia, ri e dá graças a deus que tudo acabou, no dia seguinte a boa e velha rotina de trabalhos, provas e esporros.
Depois daquela semana estressante no colégio, de estudos inacabáveis, provas, trabalhos, esporro do coordenador, esporro da diretora, esporro da mãe, esporro da namorada, esporro do cachorro, esporro do professor, esporro do porteiro, esporro do pipoqueiro, depois de tantos esporros, o calendário resolve dar uma trégua e coloca o feriado justamente em uma quinta-feira. Resultado: FERIADÃO.
Feriadão é aquela maravilha de sempre, é quando a sua família se junta e vai pra praia, todos torrando no sol e se empanando na areia esquecendo que, na semana seguinte, todos parecerão uma família de camarões mutantes agigantados tamanha a vermelhidão. Fora o problema pra dormir a noite, com toda a ardência provocada pelo sol a única posição agradável é em pé. O sabonete que parece uma pedra pomis de tanta areia grudada também é clássico, o último a tomar banho sempre tem que passar por esse problema.
Apesar de tudo são bons tempos... até mesmo a tia gorda já não é tão inconveniente como há tempos atrás, o mais chato dessa viagem é o tio sacana tentando te dar cuecão, mas tudo bem, tudo pela praia!
Primo e prima menores competindo pra ver quem acha mais lixo dentro do mar, a prima mais velha com medo das águas-vivas e flertando com o salva-vidas e você se descobre sem ter o que fazer, a não ser dar aqueeele mergulho. Se prepara, levanta, tira areia da bunda, corre em direção ao mar, desvia das 348 pessoas que estavam na sua frente, pula o menininho perdido que acabou de sair da água, leva uma bolada de frescobol na costela mas consegue, dá o maior pulo de todos, de deixar João do Pulo com inveja! Pena que o mar recuou e a água ficou na altura da canela, mas e daí o tombo, o rolamento e as dores? O pulo é o que importa, e apesar de tudo ele foi lindo! Nessa hora também, descobre-se que, apesar de a água estar lotada, com densidade maior que a de Manhatan, a temperatura dela é glacial! E você desiste do pulo e vai pra barraca onde a mãe já surge com o bloqueador solar pronta pra passar ou pra obrigar a passar pela vigésima vez nos últimos vinte minutos.
A noite a gangue de camarões mutantes resolve passear na cidade, metade dela ainda não tomou banho graças a falta de água típica de cidades litorâneas, mas vão todos felizes. Na cidade nada de novo, nada de velho, o mesmo de sempre. Os pais e os tios resolvem beber em um bar e você tem que, no auge dos seus 14 anos, tomar conta dos primos pequenos, claro que você vai encoleirá-los em uma lixeira próxima e vai curtir a cidade sozinho. Anda um quilômetro pra cima, acaba o centro da cidade, um pra baixo, idem, e você novamente percebe que não tem nada pra fazer. A prima mais velha dando uns beijos escondida atrás da peixaria, os primos encoleirados comendo lixo. E a noite torna-se um fracasso, mas no outro dia é dia de praia e o ânimo volta!
Acordando no dia seguinte, o tio mais desorientado resolve levar a família toda pra uma praia que ele diz ser “genial, linda, limpa e segura” que fica em uma cidade próxima que nem nome no mapa consta. Ótimo, entra a família toda nos carros e pé na estrada, passa uma, duas, três horas e todos se percebem surpreendentemente perdidos, é a melhor hora que o ar condicionado encontra pra pifar e deixar todo mundo em uma sauna seca. A situação é crítica. Tia gorda contando os problemas do trabalho e falando que tem problema de prisão de ventre, só de imaginar a cena sua vontade é pular pela janela, agrava a vontade quando primos pequenos começam a chorar e o tio sacana a coçar a micose que pegou no dia anterior, nisso o tio perdido tentando arrumar um culpado; até que, a tia mais cabeça de vento dá uma idéia. Se estabelecer na praia maia perto. Todos gostam.
Chegando à praia mais perto um pequeno problema, a praia Olho de Boi é nudista, um pequeno detalhe pro tio sacana que já sai correndo pelado na beira do mar; mas um grande empecilho pra todos, principalmente pra tia gorda que ainda não queimou o frango do natal e não quer exibir mais do seu corpo do que o que o sei maiô GG permita. Voltam pra casa.
Casa de praia é casa de praia, televisão e internet não fazem parte do clima, já jogos de tabuleiro sim, são a melhor opção pra unir toda a família de camarão em torno de uma mesa a noite. Jogo número 1: banco imobiliário, começa divertido, mas depois de cinco horas e meia de jogo fica insuportável. Jogo número 2: War, corria bem, até que o seu primo mais sem noção, retardado e lazarento taca os dados em cima do tabuleiro, o seu exército que dominava Vancouver pára em Vladvostock, Boreu que tinha uma proteção impenetrável fica vazia e o Congo que ninguém ligava fica cheio. Chega, não dá, o resultado é terminar a noite com o jogo número 3: Imagem e Ação, como casa de praia não tem muito papel e caneta, resolvem adaptar fazendo o jogo com mímica. O jogo termina quando a tia gorda tenta imitar “jurassic park”.
O terceiro dia sempre é o mais movimentado e divertido, é quando o tio desorientado bebe todas, pula no mar e tem que ser salvo pelo helicóptero da guarda costeira, é quando a tia gorda leva uma cantada na praia ou quando você coloca os primos pequenos em uma canoa alugada e deixa-os horas a deriva bem longe da areia. É quando o tio sacana é o mais sacaneado, que a pereba que era do tamanho de uma bola de pingue-pongue, de tanto ele coçar, já dominou metade do corpo dele criando um apelido que só será esquecido no próximo verão: homem pereba. A prima mais velha que beijou metade da cidade também tem coisas estranham na boca, você jura de pé junto que é sapinho, ela diz que foi o sol. É o último dia de praia, merece o melhor mergulho do século, dessa vez sem o mar recuar. E você se prepara, se alonga, aquece e finalmente corre, corre muito, desvia dos vendedores de picolé, empadinha, óculos de sol, CD’s pirata, desvia da carrocinha de tapioca, desvia das centenas de pessoas a sua frente, passa abaixado no jogo de frescobol, pula o castelo de areia dos primos pequenos, vê o mar perto, calcula pular na hora certa e lá vai... Sem dúvidas, o maior pulo que aquela praia já viu, perfeito, lindo, recebendo até aplausos, você só não contava com um pequeno problema... aquela sunga que a tia gorda insistiu tanto que você usasse, aquela roxa com detalhes amarelos que você disse que não dava em você, que tava larga, sabe? Pois é, sumiu. E você se depara com a pior das situações de praia, típicas do terceiro dia de feriado, você está a 400 metros da sua família, dentro da água lotada e... pelado! Grita o tio sacana, mas pensa melhor e desiste, grita os primos pequenos que não escutam, acena, acena, acena e nada. Duas horas depois, quando a mãe vai chamar pra passar protetor, você conta o problema e a solução é sempre a mesma, sair da água com a canga amarrada na cintura. Não existe situação pior para um adolescente de 14 anos. A mãe vai pegar a canga na barraca e, pela primeira vez nos três dias, você encontra conhecidos! Tratam-se das duas gêmeas mais fofoqueiras da sua sala, ótimo, nada podia ser pior. Tenta disfarçar daqui, dali, mas não dá. A mãe chega, entrega a canga em mãos e você sai da água como se estivesse em uma túnica árabe. As gêmeas riem até doer a barriga, parece que todo mundo da praia está olhando pra você que neste momento só não fica mais vermelho porque você já é o camarão mais vermelho da praia, insolação e câncer de pele são seus sobrenomes.
À noite, ninguém tem fôlego pra mais nada, todos dormem às 19 horas, não esquecendo de dar aquela bela sacaneada em você antes, claro. O tio sacana de 10 em 10 minutos aparece de canga na porta do seu quarto te fazendo lembrar dos momentos desesperadores na praia. Dorme.
No dia seguinte todos vão pra casa, o tio desorientado resolve pegar um atalho e se perde, o resto da família fica 7 horas no trânsito, compra biscoito de polvilho, canudinho, picolé, toma suco, coca, pinga a metro, compra presilha pro cinto, boné e broche, nisso o carro anda magníficos 2 metros. Desiste e resolve dormir, toma um Dramin que vai te deixar grogue o resto da semana, mas não liga.
Chega em casa, olha no espelho o camarão mutante que você se transformou, lembra do feriadão na praia, ri e dá graças a deus que tudo acabou, no dia seguinte a boa e velha rotina de trabalhos, provas e esporros.
08 outubro 2006
Bons tempos.

Nestas eleições tive o prazer de rever alguns bons amigos do tempo de colégio e de reuni-los em minha casa. É impressionante como o tempo passou. Olhamos pra trás, lembramos das ‘zuações’ da adolescência, das ações impensadas, da descoberta do amor, dos esporros inacabáveis, da boa gozação do ensino médio. Lembranças que variam entre o roubo da prova de literatura, o pessoal reunido tocando na fanfarra do colégio no 7 de Setembro pra ganhar ponto extra, os perrengues miseráveis das provas de matemática e geometria, as piadas engraçadas, o quanto a gente aprontou, os amigos engraçados, lembranças e mais lembranças.
Olhar o presente assusta! Amigos fazendo as mais variadas faculdades possíveis, desde medicina e direito até física! Muitos migraram pra lugares diferentes: Volta Redonda, Juiz de Fora, Goiânia, Niterói, Rio, Valença, Seropédica etc. É olhando esse panorama que a saudade aperta; nessas horas que vem o ditado em mente- “o que passou, passou”- e percebe-se que as coisas tomam seu rumo e nunca mais serão iguais.
A reunião em minha casa teve churrasco, cerveja e derivados, só o sol não quis aparecer e nem mandou lembranças. Mas o principal, acima da diversão, de matar saudades e de rever rostos após tanto tempo, foi que naquele momento, naquela tarde e naquela situação, estávamos vivendo o espírito de turma e amizade que tivemos durante anos e que a vida se encarregou de acabar nos afastando. Foi uma sensação gostosa de reviver situações, relembrar acontecimentos, fazer as mesmas brincadeiras de tempos atrás e de contar como a vida anda, que rumo ela tem seguido.
Olhando agora pro futuro, a tendência é de cada um se especializar e construir mais ainda sua vida, e talvez nem todos os amigos da época de colégio tenham lugar nessas novas construções. Uma parte deve sumir, deve se afastar. Mas são coisas da vida, e com certeza quando qualquer um, em qualquer lugar e em qualquer época, quando olhar pra trás e ver aqueles anos passados de ensino médio, vai lembrar de uma turma que durante anos se divertiu muito, uma galera que foi unida e marcou a história de um colégio (positivamente).
Um abraço para os amigos de sala que eu tive o prazer em ver no final de semana do churrasco: Pedro, Armando, Bianca, Samyra, Gustavo, Diogo, Geléia, Xuão, Myriam, João Vitor, Pamelão, Marina, Matheus Tutu, Karina, Paulinha, Carol Cabeça, Neto e Barroso.
E outro abraço para os que eu ainda estou com saudades:
Amanda, Thabata, Bernardo, Ana, Paty, Digão, Momosa, Goiano, Rachel, Thalia, Édio e Evandro .
Olhar o presente assusta! Amigos fazendo as mais variadas faculdades possíveis, desde medicina e direito até física! Muitos migraram pra lugares diferentes: Volta Redonda, Juiz de Fora, Goiânia, Niterói, Rio, Valença, Seropédica etc. É olhando esse panorama que a saudade aperta; nessas horas que vem o ditado em mente- “o que passou, passou”- e percebe-se que as coisas tomam seu rumo e nunca mais serão iguais.
A reunião em minha casa teve churrasco, cerveja e derivados, só o sol não quis aparecer e nem mandou lembranças. Mas o principal, acima da diversão, de matar saudades e de rever rostos após tanto tempo, foi que naquele momento, naquela tarde e naquela situação, estávamos vivendo o espírito de turma e amizade que tivemos durante anos e que a vida se encarregou de acabar nos afastando. Foi uma sensação gostosa de reviver situações, relembrar acontecimentos, fazer as mesmas brincadeiras de tempos atrás e de contar como a vida anda, que rumo ela tem seguido.
Olhando agora pro futuro, a tendência é de cada um se especializar e construir mais ainda sua vida, e talvez nem todos os amigos da época de colégio tenham lugar nessas novas construções. Uma parte deve sumir, deve se afastar. Mas são coisas da vida, e com certeza quando qualquer um, em qualquer lugar e em qualquer época, quando olhar pra trás e ver aqueles anos passados de ensino médio, vai lembrar de uma turma que durante anos se divertiu muito, uma galera que foi unida e marcou a história de um colégio (positivamente).
Um abraço para os amigos de sala que eu tive o prazer em ver no final de semana do churrasco: Pedro, Armando, Bianca, Samyra, Gustavo, Diogo, Geléia, Xuão, Myriam, João Vitor, Pamelão, Marina, Matheus Tutu, Karina, Paulinha, Carol Cabeça, Neto e Barroso.
E outro abraço para os que eu ainda estou com saudades:
Amanda, Thabata, Bernardo, Ana, Paty, Digão, Momosa, Goiano, Rachel, Thalia, Édio e Evandro .
(*)foto "turma" por:paula cosentino
03 outubro 2006
São Paulo não é sério.

Eleição é quando um país vai às urnas decidido a colocar pessoas capacitadas no poder. É quando a população tem realmente a oportunidade de mudar tudo, de eleger pessoas mais bem preparadas ou que tenham noção maior da realidade e, de acordo com seus interesses, eleger os candidatos mais capacitados a ajudá-los trazendo melhorias. Votar é algo muito sério, pois é o voto que coloca por quatro anos aqueles que vão aprovar emendas, leis, que beneficiarão ou não o país, é no voto que você decide quem lidará com o dinheiro suado que pagamos os impostos, é votando que você espera que seu candidato leve projetos à câmara e/ou ao senado e que traga melhorias para toda a nação. Eleger os administradores e representantes na nação é SÉRIO.
É nesse ponto de vista que eu digo, São Paulo não é um estado sério. Começa com o maior absurdo eleitoral de todos os tempos, a eleição com número recorde de votos do maior pilantra que já pisou nesse país, PAULO MALUF. Este homem roubou MUITO, chegou a ser preso junto com seu filho e tudo. Mas a memória curta do povo fez com que ele fosse eleito com maioria de votos. Como?
Este não é um texto preconceituoso e nem que instigue a uma rivalidade, mas me desculpem os paulistas que o estiverem lendo, um Estado que elege Frank Aguiar, isso mesmo, FRANK AGUIAR, o às do forró, não pode ser sério. Ainda mais na situação em que ele foi eleito, sendo o segundo mais votado do PTB com 144.701 votos e desbancando nada mais nada menos que o ex-governador de São Paulo Luiz Antonio Fleury Filho. O que Frank fará no governo só Deus/Alah/Jah/Enum/Gonira/Zeus e os paulistas sabem.
Historicamente, São Paulo sempre teve um comportamento político peculiar ao do resto do país. Por ter sempre tido a maior população, hoje em dia chegando aos 28 milhões de eleitores o que corresponde a 30% do país, SP sempre teve sempre influência direta nos resultados das urnas. Foi São Paulo quem enfraqueceu Getúlio Vargas no seu segundo governo, o gaúcho nunca se criou muito por lá, foi SP também quem embarreirou que o candidato Brizola, também gaúcho, para que pudesse concorrer ao poder. Sem contar Lacerda e o Golpe de 64, mas aí a história é longa. Passado é passado, hoje em dia com tamanho campo eleitoral, o que São Paulo vota é quase certo que aconteça. Nessas eleições, Alckmin e Lula estiveram muito próximos no estado, com pequena vantagem para o tucano o que possibilitou que o resto do país participasse da decisão eleitoral.
Nessas eleições também, o Estado colocou no poder nada mais nada menos que CLODOVIL HERNANDEZ, que foi também nada mais nada menos, o terceiro deputado federal mais votado no estado e que, obviamente, declarou que quando chegar ao congresso não saberá o que vai apresentar em Brasília pois não tem projeto algum, mas que estará “chiquérrimo”. Com os 500 mil votos que Clodovil recebeu, ele proporcionou que outro candidato do seu partido, o inexistente PTC, fosse para Brasília também. O segundo mais votado foi o coronel Paes Lima, com 1,6 mil votos. Ou seja, 1,6 mil pessoas, em um Estado com 28 milhões SÓ DE ELEITORES, foram as que decidiram a ida do coronel para o congresso representá-los, isso tudo graças ao efeito CLODOVIL HERNANDEZ.
É por isso que, sem preconceito NENHUM, eu digo: São Paulo não é sério.
(*) foto - "Clodovil" por: Niels Andreas/Agência Estado
02 outubro 2006
Eleições 2006
Passado o primeiro tempo de eleições nós podemos ver que a “festa da democracia” funciona, mas nem sempre funciona pra melhor. Alguns deputados e senadores envolvidos em escândalos com o o das sanguessugas, mensalão e em CPI’s variadas foram novamente eleitos pelo povo mostrando que o brasileiro tem memória curta, curtíssima. O senado contará com a presença inusitada de Fernando Collor, candidato do inexpressivo PRTB eleito em Alagoas com grande número de votos.Collor é um personagem esperado no senado pois em declarações recentes ele disse que seu primeiro discurso no senado ele dará sua versão do impeachment. O ex-presidente manifestou também apoio a candidatura do atual presidente Lula e disse que a sua ausência no Debate o prejudicou.
No Rio, diferente do que o IBOPE, DATAFOLHA e derivados apontavam, o cargo de senador do Estado foi preenchido por Francisco Dornelles. Na última pesquisa para o cargo feita pelo Ibope, Jandira Feghali tinha maioria de votos e estaria encaminhada a ganhar a eleição. Mas na contagem de votos, Dornelles obteve 45,86% dos votos válidos e a vaga no Senado.
Em São Paulo, Eduardo Suplicy confirmou o favoritismo apertado em cima do concorrente Guilherme Afif e ocupa a cadeira de senador pelo Estado com 47,82% dos votos válidos. Para governador os paulistas elegeram o ex-canditado à presidência da república José Serra ainda no primeiro turno.
No quesito mais importante e aguardado, a presidência da república, o atual presidente e candidato a reeleição Lula alegou que participará de debates, uma forma ótima de o povo avaliar melhor ambos os candidatos (agora sim!).
Lula debate estratégias sobre o segundo enquanto o tucano Geraldo Alckmin comemora o resultado expressivo que dividiu o país; seu partido, o PSDB, visa pedir apoio aos candidatos derrotados Heloísa Helena e Cristóvam Buarque para consolidar uma frente forte contra Lula no segundo turno. Heloisa Helena, que não foi o fenômeno que se esperava, alegou que não apoiará Lula nem Alckmin, mas tratando-se de política nunca nada se define até o instante final e a candidata pode declarar ainda apoio a alguma das partes. Seu partido, o PSol, perdeu a única cadeira no senado nessas eleições e está enfraquecido.
No Rio, diferente do que o IBOPE, DATAFOLHA e derivados apontavam, o cargo de senador do Estado foi preenchido por Francisco Dornelles. Na última pesquisa para o cargo feita pelo Ibope, Jandira Feghali tinha maioria de votos e estaria encaminhada a ganhar a eleição. Mas na contagem de votos, Dornelles obteve 45,86% dos votos válidos e a vaga no Senado.
Em São Paulo, Eduardo Suplicy confirmou o favoritismo apertado em cima do concorrente Guilherme Afif e ocupa a cadeira de senador pelo Estado com 47,82% dos votos válidos. Para governador os paulistas elegeram o ex-canditado à presidência da república José Serra ainda no primeiro turno.
No quesito mais importante e aguardado, a presidência da república, o atual presidente e candidato a reeleição Lula alegou que participará de debates, uma forma ótima de o povo avaliar melhor ambos os candidatos (agora sim!).
Lula debate estratégias sobre o segundo enquanto o tucano Geraldo Alckmin comemora o resultado expressivo que dividiu o país; seu partido, o PSDB, visa pedir apoio aos candidatos derrotados Heloísa Helena e Cristóvam Buarque para consolidar uma frente forte contra Lula no segundo turno. Heloisa Helena, que não foi o fenômeno que se esperava, alegou que não apoiará Lula nem Alckmin, mas tratando-se de política nunca nada se define até o instante final e a candidata pode declarar ainda apoio a alguma das partes. Seu partido, o PSol, perdeu a única cadeira no senado nessas eleições e está enfraquecido.
No segundo turno, o povo brasileiro deve votar com consciência e eleger o melhor candidato, com plano de governo mais eficiente e que esteja mais bem preparado para assumir o cargo. E não votar comprado, votar por afinidade partidária ou mesmo votar nulo. O voto é um instrumento de mudança, é com ele que a população brasileira inteira pode alterar o país e colocar nossa grandiosa nação em boas mãos.